terça-feira, 11 de maio de 2010

Resenha sobre o texto de André Lemos: Dogmas da inclusão digital

André Lemos inicia seu texto ressaltando a dicotomia existente entre o discurso da inclusão digital e a real exclusão social que vitima a sociedade brasileira. A superação da exclusão social através de políticas de inclusão digital deve vim acompanhada de um amplo debate que se preocupe com a extensão, a natureza e a finalidade de soluções sobre o tema que deve levantar pelo menos três questôes básicas: 1) por que incluir?; 2) o que significa incluir; e 3) para que telecentros?
Quanto à primeira questão, Lemos constata a falta de discussão e reflexão sobre o objetivo da inclusão digital vista como um fim em sí mesma, desprovida de qualquer análise sociológica, tida como um imperativo indiscutível e revestida de um caráter alienante que no final das contas só serve para garantir a venda crescente de brinquedinhos tecnológicos.
Como desdobramento da primeira questão Lemos aborda o tratamento tecnocrático dado ao significado da inclusão digital, vista como mero acessório técnico-instrumental na consecução de tarefas práticas do cotidiano através de condições de acesso material das novas tecnologias de informação e comunicação (NTIC) e a falta de incentivo aos processos de desenvolvimento cognitivo dos usuários na construção de um saber mais depurado.
Dentro desta perspectiva, o nosso autor esculhamba a política de implantação dos telecentros, vista por ele como uma panacéia. Utilizados como meros "laboratórios de informática" fadados à obsolência, os telecentros servem apenas para reproduzir o status quo vigente reservando aos usuários o mero papel de receptores passivos na produção do conhecimento, em um contexto que valoriza a quantidade da "inserção" em detrimento da qualidade comprometendo a formação cidadã dos indivíduos. Para quê e para quem serve este tipo de inclusão?
Para André Lemos a verdadeira inclusão talvez nem se dê com a utilização pura e simples de computadores mas com o estímulo à compreensão cognitiva do universo da cybercultura e a livre apropriação dos meios __que não é tão somente técnica__ através da educação, onde as aptidões individuais possam florescer de forma mais solidária e indepedente na vida comunitária através do questionamento dos sujeitos frente aos novos modismos de sempre.

terça-feira, 16 de março de 2010

JÁ NÃO SEI SE AS COISAS SÃO COMO SÃO
OU SE SÃO...